Se teve uma coisa que a população do Brasil teve que aprender a fazer durante os últimos anos, foi prestar atenção no que anda fazendo e em quem anda votando. Apesar de uma grande parcela ainda parecer estar sem saber do que vem acontecendo, muita gente passou a pensar nas eleições com mais responsabilidade.
Há alguns longos anos a política do Brasil vem passando por umas das suas mais estranhas e complicadas fases, e nós estamos sendo guiados por um sistema que parece querer esmagar sem dó tudo o que vem contra ele. É super válido estarmos atentes a tudo o que tem nos acontecido e entender que, acima de tudo, ainda vivemos num país democrático e temos o poder da mudança em nossas mãos quando vamos às urnas escolher nossos/as representantes dentro desse sistema.
Os impactos de um voto não consciente são inúmeros e eles vão continuar nos acompanhando enquanto não tivermos noção da responsabilidade que temos nas mãos. Temos vivido um período muito tenso no que diz respeito à continuidade da vida nesse país, direitos são nos tomados e o que tem nos sobrado é a opção de continuar lutando diariamente para que a gente consiga sobreviver, mesmo sendo marionetes do nosso sistema político. Parece até texto de teatro, né? Seria lindo se isso se tratasse de apenas uma ficção, mas é o que realmente tem acontecido por aqui. E poderíamos mencionar milhares de fatos comprovados aqui, mas acreditamos que todes tenham o mínimo acesso às informações que circulam a todo momento nas mídias.
Mas para um modo comparativo, conseguimos afirmar que para se ter futuras previsões do que pode acontecer aqui no Brasil com o resultado dos votos do segundo turno (30/10), a gente vai precisar fazer uma mínima análise do que aconteceu nos últimos mandatos. Tomando o mercado financeiro como exemplo, constatamos um superávit primário (quando o país arrecada mais do que gasta) no período de governo Lula (2003 - 2010), o que foi mantido pelo governo Dilma nos três primeiros anos de seu mandato, com queda em 2014. Desde então o país esteve no vermelho e o governo Bolsonaro manteve os índices de déficit de 2019 a 2021, mas com surpresa positiva em 2022 - que é quando o país finalmente voltará a entregar superávit, como aponta o IFI (Instituição Fiscal Independente). As previsões apontam novo ânimo de investimento estrangeiro com um aceno do PT.
"O governo Bolsonaro não foi o melhor governo do mundo em termos de mercado. A gente teve um início de desmonte do arcabouço fiscal sem colocar nada no lugar, a gente teve um populismo fiscal neste ano — e a sustentabilidade das contas públicas, dado tudo isso, fica mais complicada" - Luis Stuhlberger (gestor do fundo que é mais rentável do país - Verde)
Por aí, a gente já consegue ter uma ideia do que pode vir pela frente, certo? Agora cabe a cada um assumir o seu papel de peça muito importante em toda essa configuração, vestir um pouco a camisa da responsabilidade e fazer o melhor que puder. Lembrando que isso tudo inclui um pensamento de abrangência maior do que o que costumamos usar, é preciso sair um pouco da caixa onde nos encontramos, para descobrir que há muitas coisas e pessoas além da nossa imaginação, e essas pessoas podem estar precisando da gente.
Referência:
Lula X Bolsonaro: mercado financeiro tem candidato favorito à Presidência? Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63040079> Acesso em: 16 Out 22
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