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Foto do escritorWill Sants

Crise Migratória



Em meio a tantos problemas enfrentados neste mundão, precisamos destacar um que acontece há uns anos e que vem se alastrando cada vez nos continentes deste planeta. Imaginem vocês uma vida dentro de um país que não oferece o mínimo de segurança e recursos básicos de sobrevivência, e agora acreditem que esses lugares existem e fazem com que milhares de pessoas abandonem o que resta da vida para se aventurar em territórios desconhecidos e que, em muitas das vezes, não estão dispostos a aceitar essa entrada. Estamos falando sobre a enorme e assustadora crise migratória.


As brigas na fronteira dos Estados Unidos com o México, a fuga dos venezuelanos por toda América Latina e o refúgio dos afegãos pela Europa são retratos da crise que se tem se alastrado mundo afora. Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), só em 2020 tínhamos cerca de 281 milhões de imigrantes internacionais, e de lá pra cá esse número só aumenta. Apontam a instabilidade econômica e política e conflitos internos como os principais motivos desses deslocamentos, mas vamos pontuar também a violação de direitos humanos, perseguições, violência e os desastres naturais.


E essas fugas desencadeiam muitos outros problemas, as migrações são perigosas e as pessoas atravessam, sem nenhum tipo de suporte ou certeza, florestas e mares. Os números de mortes são elevados, só em 2021 foram registradas pela OIM (Organização Internacional para as Migrações) aproximadamente 5000 em todo o mundo. Estamos falando de vidas que foram perdidas!!


A Venezuela acarreta uma das maiores crises de migração no mundo. Para escapar da violência, falta de segurança e recursos básicos, milhões de pessoas continuam deixando o país em busca de algum refúgio que consiga oferecer abrigo. Depois do Haiti, é de lá o título de país com mais pessoas desnutridas. Segundo dados, mais de 5 milhões de pessoas já fugiram para países vizinhos como Colômbia, Chile, Peru, Equador e Brasil, e o pior é saber que por conta das condições da migração, essas pessoas estão nesses países sem nenhum tipo de documentação ou permissão para permanecerem legalmente, o que não lhes garante nenhum direito básico, deixando-as assim vulneráveis à exploração do trabalho e sexual, violência, tráfico, xenofóbia e discriminação. Será que é o melhor caminho?


Nos Estados Unidos a polêmica em torno das decisões do atual presidente Biden toma conta das reportagens mundiais. Em meio a toda burocracia e preconceito advindos do Governo americano e dos próprios moradores de lá, ele resolveu manter as políticas assumidas por seu antecessor Donald Trump, entre elas a continuidade do programa “Remain In Mexico” (Permanecer no México), que obriga os migrantes a permanecer no país enquanto resolvem questões que visam asilo em terras norte-americanas. O problema é que enquanto eles afirmam tentar resolver essa situação, milhares de pessoas tentam cruzar as fronteiras entre México e Estados Unidos. “Era uma pilha de gente morta, eu tive que sair do meio de 20 cadáveres”, afirmou um passageiro que sobreviveu enquanto viajava numa carreta que tombou no sul do México.


O Haiti sofre com inúmeros problemas, e a situação das pessoas que migram de lá é uma das mais devastadoras. Para fugir das incertezas de um país afundado em pobreza e violência persistentes, milhões de pessoas se espalharam pelo mundo em busca de qualquer tipo de conforto mínimo, o que muitas não encontram, são muitos os casos nos quais essas pessoas são encontradas em situações desumanas nos países para os quais elas conseguiram ir.


Ficando atrás dos sírios e venezuelanos, os afegãos somam aproximadamente um número de 6 milhões de deslocados. No país, 6 bilhões de dólares de ajuda externa foram bloqueados, o que deixou o país sem recursos para alimentar a economia, serviços básicos e trabalhos humanitários. Segundo a ONU, a crise humanitária no Afeganistão é a pior do mundo, estima-se que a metade da população esteja passando fome. Milhões de pessoas que vivem lá são obrigadas a escolher entre a emigração e a fome. Contudo, o Talibã afirma que “ninguém vai morrer de fome, porque não há fome, e as cidades estão cheias de comida”, contradizendo o que vemos em imagens.


Somando todos os casos temos a certeza de que é uma crise sem um fim imaginável, pelo menos não dentro das condições atuais. Mas é um fato que as autoridades e organizações mundiais precisam intervir de forma mais eficaz, pois milhares de pessoas estão morrendo em travessias perigosas e ao entrar em outros países, que não são os de origem delas, a situação se torna ainda mais perigosa por conta da ilegalidade afirmada pelos presidentes e tomadas como justificativas para diversas atrocidades. Temos um desafio para vocês agora, deem uma pesquisada nos casos e se atentem ao que está acontecendo ao redor do mundo, depois troquem uma ideia com a gente e/ou com seus amigos e amigas a respeito, quais seriam as soluções?




Referências:


Crise migratória. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/noticias/crisis-migratoria/> Acesso em 10 Set 22


Pessoas sem pátria e terra: a crise mundial dos imigrantes e refugiados em 2021 Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/pessoas-sem-patria-e-terra-a-crise-mundial-de-migrantes-e-refugiados-em-2021/> Acesso em 08 Set 22

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