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Foto do escritorAdriane Pinheiro

Reciclagem Efetiva

Atualizado: 6 de jun. de 2022

Durante a vida acadêmico-escolar vivida dos anos 2000 até os dias de hoje, a reciclagem foi um assunto abordado de forma constante no ensino público e privado, isso porque em abril de 1999 foi instituída a Lei 9.795 que dispõe sobre a política nacional de educação ambiental. O VI inciso do Art. 3 desta lei diz “à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.”. A partir deste ponto, instruções sobre o que fazer com materiais de possível reutilização, principalmente plástico e papel, explodiram em todas as mídias tornando o símbolo com três setas formando círculo popular. As latas coloridas apareceram e em várias estâncias e os 3 Rs também(reduzir, reutilizar e reciclar), mas estamos realmente praticando a reciclagem?


Hoje em 2021 tudo é excessivamente embalado com mais de um plástico buscando uma “prova” de higienização eficiente. Todavia temos como exemplo os vegetais ou frutas pré-descascados/pré-picados vendidos em supermercados de médio/alto padrão, que vem cobertos de embalagens plásticas mas o consumidor não tem ideia alguma de como foi feita a limpeza dos mesmos, além dos agrotóxicos que são usados para sua preservação. Organicamente os vegetais e frutas tem camadas protetoras que preservam seu conteúdo, as cascas, as embalagens dos pré-picados e até mesmo o saco plástico transparente usado para separação e pesagem são desnecessários e criam um volumes gigantes de plástico que poderia não ser produzido, no sentido de lixo e de material.


O consumo desenfreado incentivado pela sociedade capitalista cria a ilusão de que a felicidade está ligada aos bens materiais, então tudo é produzido e descartado em massa com uma facilidade enorme seguindo tendências da moda do momento. O “viver verde”se torna complicado quando a sociedade segue um caminho oposto sem se importar com a quantidade e o descarte de seu lixo, e por consequência a qualidade de vida dos habitantes do planeta. Então convido você a pensar verde dentro da sua realidade, porque até o buscar alternativas mais saudáveis ao planeta em uma sociedade capitalista exige dinheiro e tempo, um exemplo são os mercados de orgânicos que além de caros ficam em uma área “nobre” da cidade inacessível para muitos. Como pequenas grandes formas de cuidar de nosso planeta sugerimos estas 3 práticas:


  1. Separe seu lixo de forma real: É comum que apenas o lixo grande, dizendo de forma mais popular o lixo grosso, seja separado. Primeiro porque ele é muito grande, por exemplo uma caixa de papelão, e não cabe dentro do lixo mais próximo. Segundo porque ele é visto mais facilmente como algo que tem que ser reciclado. Bom, ele tem mesmo mas não somente ele, para que a reciclagem real seja feita é necessário um canto, uma lixeira, ou até mesmo a caixa de papelão que iria ser descartada, como um ponto exclusivo para materiais que podem ser reciclados. E é preciso que seja de fácil acesso.

  2. Pontos de descarte corretos: Além das lixeiras coloridas em locais públicos, em algumas cidades existe o caminhão de coleta seletiva que recolhe três vezes na semana o lixo reciclável. Caso você more em um lugar que não tem esse serviço, existem ONGs de catadores que fazem esse trabalho, além dessas prestação de serviço essas ONGs geram milhares de empregos pelo Brasil.

  3. Repense!: É realmente necessário que você compre essa nova coisa? Se sim compre, se não, porque você está comprando isso? O consumo consciente também faz parte do pensar verde.



Referência:


PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 9 jul. 2021.



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