Mas o que é PCD?
Pessoa com deficiência – PCD – é o termo correto para se referir a qualquer pessoa que tenha uma deficiência, seja ela física, auditiva, visual, intelectual múltipla ou que tenha mobilidade reduzida.
Vale ressaltar que transtorno de déficit de atenção (TDA)/ transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia, discalculia, dislalia, dirgafia, entre outros, são considerados transtornos ou distúrbios de aprendizagem.
Portanto, essas pessoas não são consideradas como possuidoras de deficiência. Porém, em questões de acesso ao ensino, estão enquadradas e garantidas a terem assistência e recursos específicos durante qualquer aula, seja na escola ou na faculdade, realização de trabalhos e provas, como o ENEM ou qualquer vestibular.
Além disso, é importante frisar que termos tão comuns no cotidiano como “portador de deficiência” ou “portador de necessidades especiais” não são mais aceitos pelas Nações Unidas por alguns motivos.
Uma vez que o verbo “portar” adquire um sentido de “carregar consigo”, ou seja, ter deficiência em alguns momentos e em outros não, o que sabemos que não é possível, esse verbo não é mais adequado para se referir a pessoas Pcds.
Outro fator é que Pcds não têm “necessidades especiais” porque ao considera-los “especiais” acabamos os distinguindo dos demais, reforçando a segregação ou integração.
O que é melhor: integrar ou incluir?
A integração de pessoas Pcds na comunidade social é basicamente anteposta por conceitos segregacionistas porque limita o desenvolvimento dessas pessoas a alguns espaços e atividades específicas, além de limitar sua própria percepção enquanto seres humanos, porque as Pcds acabam sendo restritas às suas condições.
Esse conceito reforça a ideia de que pessoas com deficiência têm condições especiais de vida e tentam enquadrá-las na norma do que é certo – no modelo de vida de pessoas sem deficiência.
Além disso, proporciona recursos visando o desenvolvimento das “limitações” da Pcd, com o objetivo de fazer com que ela supere às expectativas criadas para si mesma.
Já a inclusão reconhece e valoriza a diversidade humana, considerando que todas as pessoas têm necessidades próprias que precisam ser atendidas, tanto Pcds como pessoas sem deficiência. Dessa forma, não se limita ou restringe Pcds às suas condições.
Justamente por isso, a inclusão considera que todas as pessoas precisam se relacionar de forma conjunta, sem criar distinções ou limitações de potenciais. Quebrando o paradigma de que pessoas sem deficiência são as “normais” e pessoas com deficiência são as diferentes.
Por isso, é tão necessário estabelecer, enquanto sociedade, o modelo de convivência e educação inclusivos que reconhece a individualidade e o respeito a cada uma e a todas as pessoas de forma única, desmistificando padrões como certo e errado.
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Referências:
Distúrbios e Transtornos:
https://pedagogiaaopedaletra.com/disturbios-e-transtornos/
Dificuldades de aprendizagem:
https://brasilescola.uol.com.br/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm
Quais deficiências se enquadram em Pcd:
https://iigual.com.br/blog/2021/03/25/quais-as-deficiencias-que-se-enquadram-em-pcd/
Diferenças entre integração e inclusão:
https://www.divulgacaodinamica.pt/blog/diferencas-entre-integracao-e-inclusao/
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