No dia 1 de julho, em todo Brasil, ocorreu a Paralisação Nacional dos Entregadores de APP. Neste dia, houvera uma comoção perante à condições de trabalho sofridas por estes entregadores de aplicativo, assim, houve a campanha “Breque dos Apps”, onde fora um dia sem pedir delivery em apoio à greve.
A greve aparece decorrente a reclamações dos entregadores durante a quarentena, pois, com o aumento da demanda pelo serviço de entregas em meio a pandemia, entregadores afirmam que os lucros dos aplicativos aumentaram, porém, não houve nenhum reajuste para estes trabalhadores; estes continuaram a receber os mesmo salários, com riscos relacionados à saúde diante do momento pandêmico.
Os entregadores reivindicam por meio da greve:
Melhores condições de trabalho com equipamentos de proteção contra o coronavírus;
Auxílio Pandemia: Distribuição de EPIs e licença remunerada em caso de doença.
Remuneração mais alta;
Seguro de roubo e acidente;
Fim dos bloqueios indevidos – estes que acabam punindo os próprios entregadores perante ao bloqueio.
Para serem ouvidos, motoboys e bikers de todo país ocuparam as ruas a favor de seus direitos e ir contra a precarização do trabalho por meio de apps, estes que não oferecem uma boa estrutura para auxiliar seu entregador. Durante a pandemia, estas empresas vêm faturando cada vez mais, mas faturam principalmente na presença do ambiente de trabalho que apresentam para tais trabalhadores, estes correndo riscos de saúde, de acidentes e de bloqueios que os mesmos tenham que arcar com os prejuízos.
Perante a boa repercussão, a greve refletiu em pautas legislativas para melhores condições de trabalho, sendo colocadas na CLT e em contato com a frente parlamentar. Uma nova greve acontecerá no dia 25 de junho, e reforçará todos os pontos que foram levantados na primeira manifestação, com acréscimos fortes da inclusão do trabalho informal em questões trabalhistas.
NOTA DO POLITIQUEI
Gerar lucros em cima de trabalhadores sem boas condições trabalhistas se torna uma exploração velada; esses trabalhadores em meio a uma crise pandêmica continuam saindo de casa para buscar sua remuneração, sendo assim, merecem boas condições de trabalho e segurança acima de tudo. Não apenas relacionando a questão do COVID-19, mas toda relação de falta de apoio dos aplicativos em caso de acidentes, doenças, ou bloqueios no próprio app. Todo trabalhador tem o direito de estar num ambiente propício para seu desenvolvimento e direitos, violar seus direitos é abrir espaço para a exploração destes indivíduos.
REFERÊNCIAS:
Greve não para apps, mas mostra força de entregadores:<https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/07/01/greve-nao-para-apps-mas-afeta-sistema-e-mostra-forca-de-entregadores.htm>
Entregadores de aplicativos remarcam nova greve para dia 25 de julho: <https://www.brasildefato.com.br/2020/07/08/entregadores-de-aplicativos-remarcam-nova-greve-para-dia-25-de-julho>.
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