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Foto do escritorWill Sants

Ineficiência da ONU?

Tendo a manutenção da paz e a garantia de segurança internacional como principais objetivos, a ONU (Organização das Nações Unidas) é uma organização intergovernamental que surgiu em 1945 e tem sua sede nos Estados Unidos. 


Seu objetivo principal é mediar conflitos e evitar novas guerras. A instituição passou em sete décadas a tratar também de saúde pública, clima, migração, patrimônio histórico, energia atômica, drogas, educação, habitação e segurança alimentar, entre outras áreas.


A final da Segunda Guerra mundial foi o estopim para que conferências de paz fossem realizadas, nelas, cinquenta países assinaram a Carta das Nações Unidas. Mas engana-se quem pensa que a ONU foi a primeira tentativa de criar a união de nações, pois no final da Primeira Guerra houve a formação da fracassada Liga das Nações - fracasso que se deu pela ausência de estrutura forte, além da não associação dos Estados Unidos e remoção da União Soviética. Uma curiosidade aqui é que o Brasil foi um dos membros fundadores da Liga, mas pediu para se retirar em 1926.


As atividades da ONU  tiveram início após a ratificação da Carta das Nações Unidas pelos seus membros fundadores. Ela é formada por 193 países-membros, além de dois Estados observadores não-membros. 


"A ONU não foi criada para levar as pessoas ao paraíso, mas para salvar a humanidade do inferno", disse o segundo secretário-geral da entidade, Dag Hammarskjöld, em 1954.


Entende-se que esse organismo internacional atua na mediação de conflitos étnicos e territoriais internacionais e em questões relativas ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental em escala global e nacional. 


Segundo dados da própria ONU, ela hoje oferece, por exemplo, assistência e comida para 91 milhões de pessoas em 83 países e vacinas para 45% das crianças do mundo, salvando quase 3 milhões de vidas por ano.


Ela deve abranger assuntos bem específicos, como:


  • Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável;

  • Aquecimento global e mudanças climáticas;

  • Garantia ampla dos direitos humanos;

  • Ajuda humanitária para nações em conflito e atingidas por desastres naturais;

  • Cumprimento de leis internacionais;

  • Erradicação da pobreza;

  • Cuidados para com a população de refugiados;


O fato é que, se levarmos em consideração todos esses assuntos que a organização diz abranger, podemos notar que todos esses problemas persistem como grandes questões mundiais há muito tempo. Dificilmente abordaremos problemas que acontecem ao redor do mundo que não tenham ligação direta ou indireta com tudo o que se propõe a ONU. Então, nos perguntamos o motivo pelo qual a gente ainda passa pelo que passa, e muitas vezes, de maneira tão incisiva e aparentemente despercebida. 


Se dermos uma pesquisada na Internet, o que não vai faltar são duras críticas feitas à ONU oriundas de representantes políticos de diversos países e da mídia internacional. E sua estrutura é gigante! Ela é composta pelos seguintes órgãos: Assembleia geral, Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social, Conselho de Administração Fiduciária, Corte Internacional de Justiça e Secretariado. 


Recentemente um dos assuntos que tem tirado a paz do mundo é a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, e as críticas ao posicionamento da ONU têm sido das mais pesadas. A consideram vergonhosa, fracassada e repetida, levando em consideração a demora da tomada de decisão. Segundo membros, há inúmeras divergências internas e desprezo para com a proteção de civis. Além do mais, países como os Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido - todos com assentos permanentes no Conselho de Segurança e com poder de vetar resoluções, e isso leva o Conselho a uma estagnação diante dos conflitos atuais. 


Será que podemos afirmar que há uma incapacidade de cumprir com sua responsabilidade? Quais são os verdadeiros poderes paralelos que hoje permeiam a organização? O fato é que diante de tantas atrocidades, da crise política vivida no mundo e de antigos antagonismos ainda presentes e, por incrível que pareça, atuantes, a ONU precisa agilizar as concessões e dar diagnósticos mais precisos e rápidos sendo minimamente inclusiva. Aprovação de resoluções precisam acontecer visando o fim de hostilidades e facilitando o processo de ajudas humanitárias de todo teor em todos os lugares que estão necessitando. A falta de representatividade de certas partes do mundo ainda chama atenção por refletir a ineficiência do sistema. Fiquemos de olho! 


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